sexta-feira, 9 de abril de 2010

O elevador está cheio...

Oi.
Olhava a tragédia carioca hoje cedo na TV. Revia lugares por onde andei e ficava triste - como não ficar triste? Os números impressionam, os dados reportados pelos noticiários chegam a ser agressivos, de tão naturalmente brutos.
Vemos populares escavando chão e escombros com as próprios mãos, na tentativa de resgatar corpos. Encontrar alguém com vida em Niterói já é uma vã ilusão, a esta altura dos acontecimentos.
Vendo tudo isto, lembrei-me dos elevadores. Existem elevadores com sensores de peso, indicando se o peso está acima do permitido. Uns buzinam, outros simplesmente não saem do lugar... Mas, qualquer que seja o método, todos respeitam e tomam as devidas medidas para voltar o peso do elevador à normalidade; alguém sai, tiram algo que está aumentando o peso, uma carga, qualquer coisa, mas o elevador só sobe dentro do peso permitido.
Penso nas tragédias do passado: quantos não foram mortos pela peste negra; quantos não morreram por outras pestes, por fomes, por guerras, ao longo da história da humanidade.
Penso também na arquitetura e engenharia. Antes, moravamos em cavernas, depois em abrigos de palha, de troncos, de pedras. Chegamos finamente ao esplendor da arquitetura moderna com suas fortalezas de concreto e aço e aos espetáculos da engenharia, com algumas máquinas maiores que pequenas montanhas...
Eu junto meus dois pensamentos e chego à simplista conclusão que o nosso planeta não suporta o peso dos bilhões de pessoas que nele habitam, bem como não aguenta o peso das contruções que criamos para nossa habitação, ou o peso dos artefatos que mantém o nosso "way of life" (pense, por exemplo, nas estradas de ferro, nas redes de alta tensão e nas hidrelétricas...).
O elevador está apitando; ou parando... O planeta está reclamando do peso. Não há mais guerras ou doenças nas quais milhões morrem e a superpopulação tornou-se um problema de nossos dias. Nosso avanço tecnológico e nossa busca desenfreada por um ilusório bem estar, podem estar destruindo nosso planeta e desta forma, ainda que imperceptível e paulatinamente, podemos estar dando um fim na existência humana neste planeta.
Faça sua parte, sua pequena parte. Todos já sabemos o que precisa e pode ser feito para melhorar a vida neste planeta. Vamos todos então contribuir para o benefício do planeta, a nossa casa. Agindo assim, talvez nossos filhos e netos não precisem passar por tragédias como esta.
Beijos verdes e sustentáveis para todos.
Alf.

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